Saturday, February 27, 2016

Dia de chuva é dia de...

Quando chove muito e tudo fica cinza, a imaginação tem uma tela quase em branco de possibilidades de criar... olha-se para a janela respingada de pequenas gotículas e começa-se a viajar... passado, presente,  sonho, realidade, trabalho, frustração, o que fazer, o que NÃO fazer, o que se poderia fazer... urgh! Pausa pra apertar os olhos porque um grande relâmpago cortou o céu. Um cachorro late reclamando de estar molhado... o trovão responde... ou o latido é por causa do trovão?
O trovão que se mistura com o ruído seco da dor que teima em não ir embora... as gotas grandes batendo nas paredes e no chão lembrando os ecos de uma situação que roda, roda, parece que vai cair mas volta para sua cabeça, causando uma leve comoção... ou seria sinusite querendo chegar?
Não sei... lágrima que molha o pescoço... aquelas longas, um pouco solitárias e silenciosas que nem chegam a travar em soluço...
Um pouco mais....
Molhado....
Seco...
E o eco da chuva que embala.
Viajemos.
Pois.
Tarde que escurece em noite, lágrima que seca em resolução.
Mudemos. 

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