Wednesday, April 14, 2021

Uma conversa sobre o tempo, Cazuza e Mário de Andrade


O tempo não para... Não tem como lutar contra o relógio, ele é implacável. Ou apenas cumpre a sua função de matematicamente marcar a passagem do tempo... Desde que o mundo é mundo e o homem se percebe como ser humano, lidar com o tempo é um desafio. No momento em que vivemos então...  

            O museu de grandes novidades com que convivemos hoje tem links, vídeo chamada, emojis e figurinhas. No lugar de um olho no olho, um aperto de mão, um abraço ou um beijo. E não é apenas porque somos “escravos da tecnologia não”! Quer dizer, para algumas pessoas até pode ser o caso, porém, com esse vírus viajando por todo o mundo, o virtual passou a ser o essencial, e o presencial passou a ser... sonho.

            E se nossas ideias não correspondem aos fatos, em parte, a responsabilidade é nossa. O tempo está curto para lidar com tantas variações e variantes. E a angústia decorrente desse tempo atual é alucinante. “Deus me livre mais quem me dera” se a piscina estivesse cheia de ratos, porque, assim, veríamos o problema, como se viu no século XIV, lá na época da peste negra. Hoje, ele é invisível.


            E o tempo, ah, ele não para. Aulas online, trabalho online, vida online. E o tempo passando, passando, passando... As experiências se modificando, as percepções se desdobrando, as relações se digitalizando. E o futuro? Bom, ele é de Deus, mas também é nosso. Hoje é a construção do amanhã. E o ontem é lição para se meditar, não para se reproduzir, já dizia o poeta. 


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